domingo, 30 de dezembro de 2012

50 anos de Rolling Stones!

Alguns trechos bem bacanas dos últimos shows turnê de 50 anos da banda. Quase todos vídeos são do último show da banda, em 15/12, exceto quando indicado.

Gimme Shelter, com Lady Gaga 




Going' Down, com John Mayer & Gary Clark Jr 



Dead Flowers



Honk Tonk Woman (13 Dez)



Midnight Rambler, c/ Mick Taylor (ele tocou  em alguns dos melhores discos dos Stones)



Tumbling Dice  c/ Bruce "The Boss" Springsteen



Brown Sugar



Sympathy for the Devil (8 Dez)



You Can't Always Get What You Want



Jumpin' Jack Flash

Um mini guia dos vídeos que valem a pena ver da fase clássica dos Stones!

1966: Charles is My Darling (trailer)



1968: Rock and Roll Circus - promo Trailer, inclui trecho de jam com John Lennon



1968: Sympathy For The Devil (trailer)



1968 (2012): Crossfire Hurrycane (trailer)



1969: Stones in The Park (full)




1970: Gimme Shelter (trailer)


1972: Cocksucker Blues (Officially Unreleased, primeira parte)

1972: Stones in Exile (2010 Movie, Trailer)



Ladies and Gentlemen: The Rolling Stones (trailer)



1978 (2011) Some Girls Live In Texas (trailer)

Rolling Stones: Doom and Gloom

A música é bem divertida, e o som é Stones Clássico, como alguns dos sons do último ábum de originais, "Bigger Band", de 2005. 


2012!

2012 foi um ano excelente pra quem gosta de música: conheci Wilco, Buffalo Killers, Rival Sons, Alabama Shakers e um pouco de Gram Parsons e My Morning Jacket. Foi também o ano do novo do Boss, retorno do Soundgarden, do novo do Garbage, da Norah Jones, 2 novos do Neil Young (com direito ao lançamento da biografia dele no meio dos 2), do Jack White e do Smashing Pumpkins (não ouvi os últimos 4  ainda), e do lançamento do último show do Led Zeppelin. No meio do ano ainda teve o show de encerramento das Olimpiadas de Londres, com muitos artistas bacanas made in UK! E o ano que eu finalmente consegui ver Robert Plant ao vivo! Pra terminar, o Alice in Chains liberou uma nova faixa do disco vindouro, o Nirvana se juntou ao Sir Paul e os Stones fizeram um grande show de aniversário! Que 2013 seja musicalmente tão rico quanto esse ano!

The Boss




Homenagem à Lennon, encerramento das olimpíadas


Robert Plant em SP, um show curioso



Paul + Nirvana!



Nova do Alice in Chains

sábado, 13 de outubro de 2012

Garbage: "Not Your Kind of People" (2012)



Para quem conhece Garbage faz um tempo, não há grandes surpresas em "Not Your Kind  of People", quinto álbum da banda. As melhores faixas fazem lembrar os 2 primeiros álbuns da banda, e os pontos fortes e fracos não mudaram: estão lá as guitarras distorcidas e grudantes, a máquina de fazer refrões pops e sensuais, a performance no palco, etc. 


A banda lançou uma versão expandida do disco com 15 faixas, mas não precisava. Nem todas faixas tem o mesmo padrão de qualidade; o álbum começa com faixas muito boas, o que cria bastante expectativa no ouvinte, mas vai  ficando mediano com o passar das faixas.  



Há 9 faixas ótimas ou boas. "Big Bright World", "Control", "Not Your Kind of People", "Felt ", "Beloved Freak" e "Bright Tonight" são a nata fina do álbum. As boas são  "Automatic Systematic Habit", "Blood for Poppies" e "Sugar".  


As outras 6 vão do mediano ao fraco: "I Hate love" e "Man on a Wire" são audíveis, ao passo que "Battle In Me" e "Show Me " são bem fracas. Minhas apostas é que as dançantes "The One" e "What Girls Are Made Of" são escolhas pra casas alternativas em SP, mas eu não gosto.

Pelas ótimas vale a pena, é legado bom para a história da banda. E as boas são agradáveis.

A banda lançou uma série de mini filmes em P& B ao estilo do clipe "Big Bright World", vale a olhada!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Fiona Apple: "The Idler Wheel..." (2012)

Fiona Apple está de volta, e com um puta disco. Até o site mega crítico Pitchfork rasgou elogios pra moça. Ela está de volta do único jeito que sabe ser: inteira, humana, sensível e visceral. Sério candidato a melhor disco do ano.


Quem sabe faz ao vivo 1: "Anything We Want"


Clipe de "Every Single Night"


Daredevil



Regret

Faixa a faixa:


1) "Every Single Night"
2) "Daredevil"
3) "Valentine"
4) "Jonathan"
5) "Left Alone"
6) "Werewolf"
7) "Periphery"
8) "Regret"
9) "Anything We Want"
10) "Hot Knife"


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Wilco: A Ghost is Born (2004)





Podem chamar o 5. álbum do Wilco de experimental, brilhante, difícil, maduro,  rascunho do sucessor  "Sky Blue Sky"...  Eu acho que a banda fez o que estava afim de fazer independentemente do que qualquer um fosse achar, fosse fã, mídia, etc. Com tudo isso, ganharam 2 Grammy (melhor álbum alternativo e melhor embalagem de disco). Se "Yankee Hotel Foxtrot "foi o "OK Computer" da banda, "A Ghost is Born" é seu "Kid A", não pelos efeitos eletrônicos, mas pela espontaneidade e auto confiança do grupo em gravar um disco assim.


A espontaneidade da banda aparece bem nas 3 primeiras faixas: "At Least That's What You Said"  e "Hell is Chrome" alternam momentos de sussurros com solos espaçados de guitarra, enquanto a criativa "Spiders (Kidsmoke)" reveza momentos tensos com solinhos de classic rock. 




Se separamos a soft rock "Wishful Thinking", as  sonicyouthianas "I'm a Wheel" (rock alternativo 90's bem bacana) e "Less than you think" (mais experimental), o álbum forma uma boa sequência de músicas com o DNA do álbum seguinte, belos arranjos, bateria setentista, inspiração na fase final dos beatles e o tom de voz "John Lennon" de Tweedy em algumas canções:  "Muzzle of Bees", "Hummingbird", "Handshake Drugs", "Company in My Back", "Theologians" e "The Late Greats".








Curiosidade: O conjunto "músicas-encarte" é  interessante -  As capas interna, externa e traseira são minimalistas, com fotos artísticas de um ovo tiradas por um fotógrafo do final dos anos 60. O álbum foi lançado em broadcast pela Apple, e se você olhar as artes do encarte, parecem embalagens de um produto da empresa do finado Steve Jobs. Antes do álbum ser lançado, Jeff Tweedy teve de lidar com dores de cabeça crônicas, ataques de ansiedade e depressão crônica, o que o levou à dependência de remédios contra dor  e uma posterior reabilitação. Ouvindo o álbum, dá pra sentir a depressão e ansiedade em algumas faixas.


Com essa resenha encerro o que faltou falar dos meus "100 dias com Wilco".


Disco Anterior: "Yankee Hotel Foxtrot"
Próximo Disco: "Sky Blue Sky"
Voltar para 100 dias com Wilco

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Wilco: "Yankee Hotel Foxtrot" (2002)





Na época eu vi algumas revistas de rock falando muito bem de um tal de "Yankee Hotel Foxtrot" do Wilco, e ignorei. 10 anos depois descobri boas razões p/ ouvir e respeitar o álbum:
- A partir deste álbum, a banda cresceu e adquiriu uma identidade própria.
- Está em várias listas de melhores álbuns, incluindo o livro 1001 álbuns para ouvir antes de morrer.
- É o 1. disco c/o baterista Glenn Kotche, responsável pelo tom setentista da bateria do Wilco. 
- É o maior sucesso comercial da banda, com mais de 500.000 cópias vendidas.
 - O documentário de gravação do disco,"I Am Trying to Break Your Heart" (nome da faixa 1).
- Sem mais delongas,eu vejo o álbum assim:


1) As gostosas faixas "power folk pop"- Boas para ouvir na estrada: nas entrelinhas, há ruidinhos e influências sutis do power pop dos anos 60: "Kamera", "War on War","Heavy Metal Drummer", "Pot Kettle Black".


2) As estilosas:"Jesus Etc" é um dos soft rocks setentistas mais classudos que já ouvi, e foi regravado pela Norah Jones. "I'm the Man Who Loves You" , bem "Beatles na fase Rubber Soul/Revolver"


 
 3) Os cartões postais do álbum: A primeira faixa"I Am Trying to Break Your Heart" abre o disco mostrando algo diferente no som do Wilco, com seus ruidos e efeitos desconstruídos. "Ashes of American Flags" é um Country rock de cowboy solitário de beira de estrada, uma das mais marcantes do álbum. "Poor Places" - A que eu mais gosto no disco: Começa etérea, e culmina em um final emocionante, com ruídos (dá pra ouvir uma voz de rádio amador citando o nome do álbum, cujas iniciais , YHF, significam ondas curtas, tipo de transmissão de rádio) tal qual Radiohead da fase OK Computer


4) As outras: "Radio Cure" é melancólica e sombria com ruídos ocasionais, lembra algo do 1. álbum do Filter."Resevations" é um soft rock melancólico,após o fim da faixa, há cerca de 3 min de partes instrumentais e ruídos no final, prática que a banda intensificaria no álbum seguinte, "A Ghost is Born". 


Pra quem não quiser clicar link a link, dá um play no vídeo acima que tem o disco todo, vai tranquilo. 


Disco anterior: "Summerteeth"
Próximo disco: "A Ghost is Born"
Voltar para 100 dias com Wilco

terça-feira, 26 de junho de 2012

Wilco: Summerteeth (1999)







Summerteeth é um disco bem gostoso de ouvir: Abre com "Can't stand it", que lembra Beck no disco Odelay (e que por sua vez funde sons dos anos 60 e 70). Daí pra frente, dá-lhe influências de power pop sessentista: "She's a Jar",que mescla 60's com Neil Young;"Nothing'severgonnastandinmyway (again)" e "Candyfloss", com ares de Beach Boys"Pieholden Suite"que lembra Beatles, "My Darling", que lembra ambas bandas;sem esquecer da pérola "How to Fight Loneliness" , boa pra ouvir na estrada, descendo pra praia com a namorada, que lembra alguma coisa de 1967/1968 que eu não consigo identificar; e por fim a faixa título lembra uma mistura de anos 60 com guitarrinha de Dire Straits!



Os destaques são as 3 faixas power pop setentistas: "I´m Always in Love" a "1979" do álbum a ótima "ELT" e a marcante "A Shot in The Arm" que aparece em duas versões , ambas com a letra intrigante que compara uma viagem de drogas com o fim do relacionamento. Há teorias muito bacanas sobre esta letra no site SongMeanings, vale olhar. 


O que mais vale falar? "We're Just Friends" e "When You Wake Up Feeling Old" são soft rock setentista (que a banda buscaria nos álbuns seguintes), "In a Future Age" mescla soft rock setentista com rock alternativo dos anos 90, e "Via Chicago" é uma balada de rock alternativo noventista com uma surpresa sonicyouthiana no final. 


Disco anterior: "Being There" 
Próximo disco: "Yankee Hotel Foxtrot" 
Voltar para 100 dias com Wilco

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Wilco: "Being There" (1996)



Um ano após “A.M” o Wilco lança “Being There”, álbum duplo que inicia a expansão das fronteiras musicais da banda. Eu gosto de ver cada um dos cds como uma peça fechada.


Disco 1


Assim como no álbum de estréia, há um bom espaço para diversidade:  Logo de cara temos "Misunderstood”, a faixa de abertura e mais interessante do álbum, que traz uma amostra do som sofisticado que a banda faria a partir do quarto álbum, “Yankee Hotel Foxtrot”. A música, que fala de um artista atormentado do ponto de vista de um fã, começa melancólica e termina em um momento catártico.



Na segunda faixa o álbum dá uma virada: "Monday" e "Outtasite (Outta Mind)" são faixas bem college rock alto astral , enquanto "I Got You (At the End of the Century" é um belo exemplo de power-pop glam como poucos fazem bem (me lembra NY Dolls, ou alguma coisa do "Libertad", segundo álbum do Velvet Revolver. "Red-Eyed and Blue" , com seus vocais distantes "A la Cat Power" tem melodia que lembra Beatles em início de carreira, e "Say You Miss Me" faz uma ponte entre o alt country da banda e experimentos mais pops do album.




Da praia alt. country,   "Far, Far away" tem traços de Neil Young, enquanto "Forget the flowers" é uma bela canção de country de bar de beira de estrada e "What's the World Got in Store" tem uma doce melodia, quase bucólica. Para não deixar de mencionar, "Hotel Arizona" um rock alternativo que soa a Sonic Youth e não faz falta.

Disco 2


Se no disco 1 a banda experimenta novas idéias e lança mão de um pouco da praia da banda até aqui, a mistura do disco 2 é exatamente o contrário. Não falta alt.country aqui: Da faixa de abertura (a melancólica "Sunken Treasure"), passando pela trilha sonora de cowboy "Someday Soon", à serenata "Someone Else's Song", à balada southern rock "Kingpin", àe chegando na balada southern-piano rock de estrada "(Was I) in Your Dreams".

O pop aqui fica pelas pérolas "Why Would You Wanna Live", e a alter ego do primeiro disco "Outta Mind (Outta Sight)" ambas com forte influência do pop sessentista do Beach Boys. Ainda vale ouvir a doce, melancólica e solitária "The Lonely One". Para fechar com chave de ouro, temos nada menos que um rockabilly com country, a divertida "Dreamer in My Dreams". Quer mais?



Disco anterior: "AM" 
Próximo disco: "Summerteeth" 
Voltar para 100 dias com Wilco

sábado, 5 de maio de 2012

Soundgarden, Live to Arise (2012)

Primeira música nova da banda desde 1996! Trilha do filme "Avengers", soa como Audioslave...

Wilco: AM (1995)


"A.M", álbum de estréia do Wilco após a dissolução da antiga banda de Jeff Tweedy ("Uncle Tupelo".) é uma mistura simpática de rock alternativo e alt. country (a praia do Uncle Tupelo), e , como muitas estréias de bandas consolidadas, não representa o som do grupo hoje mas não faz feio. Comercialmente, a estréia da outra banda que surgiu da dissolução do Uncle Tupelo ("Son Volt".) foi melhor nos EUA, mas alguém conhece essa banda por aqui?




O álbum é ligeiramente eclético. As ensolaradas faixas 1 ( "I must be high".) e 3 ("Box Full of Letters".) lembram o som animado do Soul Asylum quando eles estouraram com o disco "Grave Dancers Union".  "Cassino Queen", uma das 2 músicas não cantadas por Tweedy, é um country rock com riffizinho hard rock. 






Algumas canções lembram o bom e simples college rock que rolava nos anos 90 de bandas Buffalo Tom. como , como é o caso de "Shouldn't Be Ashamed", "Passenger Side", "Blue Eyed Soul" e "Too Far Apart".


Enquanto "Should've Been in Love" lembra um Lemonheads da fase "It's a shame about ray""Pick Up the Change" e "I Thought I Held You" tem uma levada mais country, lembram o que a banda de Evan Dando, mais sossegada, lançaria em "Car Push Bottom".


"That's not the issue" é country e faz lembrar Johnny Cash (entre outros), enquanto "It's Just That Simple", a outra faixa que não leva o vocal de Tweedy, é uma simples serenata, para dançar coladinho em bares a beira de estrada do oeste americano. Por fim, vale citar "Dash 7", que lembra o som leve e introspectivo que muitos faziam nos anos 90 (Mark Lanegan, o próprio Buffalo Tom e até Smashing Pumpkins, entre outros).

Próximo disco: "Being There"
Voltar para 100 dias com Wilco

quinta-feira, 3 de maio de 2012

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Rival Sons

Boa banda, que conheci através do blog Collector's room. A balada abaixo fecha o segundo disco dele, e é a melhor canção do álbum ...

terça-feira, 1 de maio de 2012

sábado, 28 de abril de 2012

Wilco - "The Whole Love" - 2011


"The Whole Love", último álbum do Wilco navega por diferentes correntes, é um álbum de sutilezas, belas melodias e bons ruídos, e, no meio deste caos aparente, o álbum faz sentido após algumas atentas (e prazerosas) escutadas. O álbum parece um "best of" da trajetória da banda, especialmente uma recapitulação de "Sky Blue Sky" (o tom de voz John Lennon, as viradas de bateria setentistas) mas com um "quê" de novo. 

A faixa de abertura, "Art of Almost" é uma música sofisticada e caótica, desconstruída como a arte da capa do álbum: começa com ruídos, entra um vocal introspectivo e retornam os (bem vindos) ruídos, que mostram ao mesmo tempo uma modernidade e um retorno ao rock distorcido dos anos 90. A seguinte, "I might", parece um rock dos anos sessenta com um banho moderno, de arranjos e ruidinhos: nesse sentido, dá pra notar que a maturidade da banda, que sabe fundir sons antigos e novos, criando um som com a cara da banda. "Sunloathe" aparece para matar saudades de quem gostou da etérea "Deeper down", e conta com detalhes sutis (sininhos, etc). Aliás, a faixa título do álbum combina estes detalhes de uma maneira muito bonita.



  "Dawned on me" e "Born Alone" são faixas para matar saudades do bom rock alternativo dos anos 90; a segunda, em especial, serve como uma boa homenagem ao Pixies. "Standing" é tão parecida com os sons do "blur-blur" que até o tom de voz de Tweedy faz lembrar Damon Albarn. Pra acrescentar um pouco de diversidade ao álbum, há ainda a charmosa, com tom "anos 30" "Capitol City".



Há também boas faixas de folk: da simples "Open Mind" e a tríade de baladas, pequenas obras primas do álbum: a bela "Black Moon", "Rising Red lung" (pra ouvir em dias nublados, descendo pra praia) e , pra fechar com chave de ouro, "One Sunday Morning" . Esta faixa é tão bonita que dá vontade de parar por aqui pra ficar com esse som na cabeça.;

Para os curiosos e fãs, há bons sons nas faixas bônus: a cover  "quase glam" "I Love my Label" , "Message from mid bar" (mais uma a la John Lennon na carreira solo ), e " a boa instrumental "Speak into the rose", que lembra Sonic Youth.

Disco Anterior: "Wilco - The Album"

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Noites frias de outuno ...

... Friozinho pede por um bom chocolate quente, cobertor, e, porque não, estúdio de madrugada, com uma iluminação intimista e um ambiente confortável? Diz aí  Foo Fighters, Pearl Jam, Wilco e Norah Jones?





 

Charlatans - "Impossible"

Essa raridade vem de um ábum chamado "Us and Us Only", pra mim, o melhor álbum de 1999. Um pouco de folk, de Rolling Stones, aqui vai uma jóia!

Wilco: Um belo showzinho intimista!

Uma jóia: Wilco toca algumas canções acústicas em um lugar que parece a casa de alguém: "Dawned on Me", "Whole Love", "Born Alone" (do próximo álbum que farei resenha, "Whole Love", do ano passado), e "War on war", do clássico Yankee Hotel Foxtrot (ainda farei uma resenha desse álbum)

 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Wilco (Wilco) - 2009


O álbum homônimo do Wilco cumpre um papel difícil: o que entregar para os fãs depois de uma obra prima? A banda já tinha uma alternativa, quando lançou "A Ghost is Born"", álbum experimental que sucedeu a primeira obra prima da banda, "Yankee Hotel Foxtrot"(que recém completou 10 anos). Eles resolveram fazer diferente, e lançaram um ótimo álbum, muito a frente do que está por aí. Esta resenha é para um amigo que me fez ouvir a banda, após anos de leituras de críticas positivas em revistas de rock.


Wilco tocando a faixa título empolgadamente ao vivo, no ano de lançamento do álbum.

O álbum abre com a faixa título, um delicioso rock noventista que faz lembrar coisas do blur-blur(1997), que passa uma mensagem (irônica?) para quem vive um mal tempo, "Wilco You Love you Baby". Essa é uma das poucas faixas rock do álbum, o que não significa que não há rock no álbum: há bons trechos de distorções de guitarra aqui e acolá. A segunda faixa, "Deeper down" consegue ser leve e etérea, simples e sofisticada. Sublime. Daí, Jeff Tweedy parte para a sentimental "One Wing", que começa leve e vai crescendo. "Bull Black Nova" consegue ser sufocante e interessante como alguns sons do Radiohead, e coloca a banda no século XXI. A seguinte, um dueto pop com a cantora Feist, "You and I", é bastante familiar (tocou no rádio? não sei, não ouço) e faz lembrar os sons do 1. álbum solo do ex-guitarrista do Smashing Pumpkins.


Para quem gosta de folk, ouça a sessentista "Solitaire". Há também baladas setentistas ("You Never Know") e sessentistas ("I´ll fight"), que, junto com "Sonny Feeling" , uma canção com toques de country rock, aumentam o teor pop do disco. E, por fim, bonitas baladas melancólicas, "Country Disappeared", que fala dos EUA pós crise imobiliária, e a quase épica "Everlasting Everything", melancólica como algumas coisas do Smashing Pumpkins Precisa falar mais?


Disco anterior: "Sky Blue Sky"
Próximo disco: "The Whole Love"
Voltar para 100 dias com Wilco

terça-feira, 17 de abril de 2012

Se tivesse mais exemplos como esse no Rock nacional...

Muita gente diz que eu não gosto de rock nacional. É que eu acho que no rock nacional, quando as letras são boas, o instrumental é pobre, fraco, carece de capricho e criatividade. Taí um dos poucos exemplos que eu conheço que ainda me fazem ter esperança!


domingo, 15 de abril de 2012

Como um bom casaco velho

Hoje vim voltando do metrô pensando nisso. Descobrir um disco realmente bom, ou uma banda realmente boa é uma coisa e tanto. Quando você ouve um disco tantas vezes que sabe a ordem das músicas e se identifica com cada uma delas, como velhos amigos. Foi assim com tantos discos, com vários do Pearl Jam, com alguns discos especiais que ouvi nos anos 90 ("blur"-blur, "Urban hymns" do the verve, "Ok computer" do Radiohead, "Garbage" do Garbage e tantos outros). Um deles é tão especial que vai aparecer aqui no blog em uma resenha um pouco mais longa, pois esse merece. O disco acaba virando aquele casaco velho, confortável, que você tira do armário de vez em quando, quando está frio, para andar por aí. O vídeo abaixo é de uma música do álbum resenhado abaixo, que está se tornando um bom e velho casaco. Wilco, "You are my face".

terça-feira, 27 de março de 2012

Resenha: "Sky Blue Sky", Wilco (2007)



A começar pela bela foto na capa, Sky Blue Sky, sexto álbum dos americanos do Wilco, é belo e simples a sua maneira. O álbum de 2007 recebeu críticas positivas (“maduro”) e negativas (“daddy rock”). Concordo com ambas, o que não é um demérito de modo algum.
De cara, chama a atenção o timbre do vocalista Jeff Tweedy, muito parecido com a voz de John Lennon, especialmente na carreira solo. O álbum tem algumas características bem marcantes: Logo de cara, há canções doces que chegam a lembrar Elliott Smith: a primeira, “Either Way” , a bucólica “Please be patient with me” e a faixa título, “Sky Blue Sky” , que tem belos acordes de violão.

O que mais me chamou a atenção no disco foram 5 músicas com características muito parecidas: começam com uma estrutura (e a voz!) de um John Lennon em carreira solo, e vão entrando guitarras, pianinhos a La “Billy Preston” (ele tocou nos últimos álbuns dos Beatles) e uma bateria bem Ringo Star dos últimos álbuns dos Beatles, tosco e genial, com viradas de bateria setentistas ocasionais. Estas 5 músicas formam uma “sequencia” e vão ficando melhores: “You Are my face” , “Side with the seeds” , “Shake it off” (que chega até a ser um pouco noventista), “Hate it there” , até chegar em “Walken” . Essa última aliás, poderia estar perfeitamente encaixada no Let it be ou no Abbey Road.



“What light” é uma agradável surpresa, e merece uma menção a parte: Meio country, parece John Lennon cantando alguma canção da fase áurea dos Rolling Stones (68-72) .



O álbum não é perfeito, tem momentos soft rock bem alpha fm (“Leave Me Like You Found Me” e “On and On”) e a chatinha “Impossible Germany”, mas só pelo que ele tem de bom vale muito a pena. Há alguns meses eu estava ouvindo muito os 2 últimos álbuns dos Beatles, “Let it be” e “Abbey Road”, e estava lamentando como não surgiram álbuns de classic rock tão simples, originais e poderosos como esses. Sky Blue Sky é a resposta para o que eu vinha procurando há tempos.


Disco anterior: "A Ghost is Born"
Próximo disco: "Wilco - The Album"
Voltar para 100 dias com Wilco